Ao mesmo tempo em que a tecnologia 5G fornece um novo mar de possibilidades para as pessoas, hoje ela ainda é vista como algo distante para a maioria dos brasileiros. No país, apenas a cidade de Brasília conta com uma ampla cobertura do sinal – 80% da cidade é atendida pela rede 5G DDS da operadora de telefonia Oi. Assim como toda a América, o Brasil ainda se prepara para receber a quinta geração de redes móveis, que deve se desenrolar em três fases.
O 5G Americas, que é a associação setorial dos principais provedores de serviços e fabricantes do setor de telecomunicações, revelou informações importantes para que entendamos o desenvolvimento em três fases. De acordo com a organização, as primeiras instalações de infraestrutura 5G contam com 114 redes comerciais ativas ao redor do mundo. Esse tipo de tecnologia está em constante evolução, devendo ganhar novas características no futuro. Entenda abaixo como será o processo das três fases.
Primeira fase – 2020 até 2022
A primeira fase deve durar até 2022. Neste momento, o desenvolvimento da tecnologia tem como foco a melhora do serviço de banda larga móvel (eMBB, enhance Mobile Broadband).
Na primeira etapa, teremos avanços significativos nas chamadas bandas milimétricas – o mmWave. Outros avanços estão previstos para o Edge Computing, redes privadas e a mudança para uma arquitetura autônoma de 5G. Esta fase é crucial pois é a partir dela que a tecnologia pode ser fornecida de fato pelas operadoras de telefonia. Outro foco da etapa é o uso do 5G para a conectividade fixa – ou seja, em residências e empresas alimentando um roteador wi-fi, por exemplo.
Segunda fase – 2022 até 2023
Na segunda etapa, que deve se estender até o ano de 2023, o Release 16 do 3GPP entrará em cena. As principais novidades estarão destinadas à Intenet das Coisas Industriais (IIoT). As comunicações “ultra confiáveis” de baixa latência serão implementadas e garantirão alto poder de velocidade jamais visto antes no carregamento de conteúdo web. Entre outras coisas, a segunda fase partirá para o backhaul e acesso integrado, bem como conexões celulares para C-V2X (Cellular Vehicle to Everything).
É esperado que neste período já esteja em pleno funcionamento a arquitetura 5G autônoma.
Terceira fase – 2024 até 2026
A terceira etapa, que ocorrerá entre 2024, até 2026 será baseada no Release 17. É graças a isso que será possível a conexão do 5G em dispositivos bem menos complexos, sendo possível a utilização de serviços de broadcast (difusão) e multicast (multidifusão).
A terceira fase também será de desenvolvimento para as redes terrestres e as bandas milimétricas, cujas expectativas são de um uso da faixa a 5.2 z até a 71 GHz. Essa expansão ampliaria o uso das bandas médias.
É só isso?
Apesar dos entraves políticos e processos legislativos que podem ou não viabilizar o avanço rápido do 5G no país, há sim espaço para otimismo. A nova geração de redes móveis trará melhorias notáveis e permitirá o processamento de uma enorme quantidade de dados jamais vista antes.
Tanta velocidade assim fará com que mudemos a forma como consumimos conteúdo on-line. A possibilidade do surgimento de serviços inéditos graças ao potencial da nova rede também anima o mercado. Confira abaixo o infográfico desenvolvido pelo 5G Americas.