Explosão de baterias não acontece apenas com os aparelhos da Samsung

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(Reprodução/Internet)

Após o lançamento do seu novo equipamento, que para muitos é o melhor do planeta neste momento, assistimos a uma era de tristeza para a Samsung. Tudo isto pois, assim que o equipamento foi posto à venda, começaram a aparecer relatos dos mesmos a serem vitimas de explosões, criando assim um dos maiores problemas da marca.

Os clientes, que esperam um certo nível de qualidade vindo da marca, deparam-se, agora, com um equipamento que apresenta uma falha bastante preocupante e, apesar de ser superior ao iPhone 6S Plus, apresentam questões sobre as próprias especificações e qualidade do equipamento.

A Samsung pode apresentar um prejuízo de 1 Bilião de dólares resultante deste problema. Para tentar minimizar o efeito negativo do problema, a Samsung efetuou um recall não oficial aos equipamentos afetados pelas bateria, pois se a CPSC (Consumer Product Safety Commission) fosse envolvida, a Samsung iria ser impedida de vender os seus produtos.

Baterias defeituosas são as grandes culpadas deste problema. De todos os equipamentos produzidos, 70% foram equipados com a bateria Samsung SDI e são estas as baterias que possuem defeitos, restando 30% dos equipamentos que foram equipados com uma bateria de uma produtora chinesa Amperex Technology Limited. Na China, como todos os Note 7 comercializados encaixam-se dentro dos 30%, pois vieram com a bateria da produtora chinesa, logo não são afetados pelo problema. Uma das informações que temos da Samsung é que a produção de equipamentos que usam essa bateria, já foi interrompida e terminada.

“Em resposta a casos relatados recentemente do novo Galaxy Note 7, foi realizada uma investigação completa e encontrou um problema célula de bateria … estamos atualmente a realizar uma inspeção completa com os nossos fornecedores para identificar possíveis baterias afetadas no mercado”

Esta foi a declaração da Samsung relativa ao Note 7 e as suas explosões, sendo que, a informação importante a reter é que a Samsung efetuou uma inspeção aos fornecedores para definir e identificar as baterias defeituosas.

No inicio de Setembro, havia 35 casos reportados de explosões de Note 7,  sendo 2.5 milhões, a totalidade de equipamentos afetados e apenas 70% da totalidade de equipamentos produzidos. Tendo em conta que o numero de casos reportados pode ser inferior, no entanto, se fizermos o calculo aos 35 reportados, apenas 0.0014% dos equipamentos afetados sofreram explosões. Isto não parece nada de mais, tendo em conta os valores de produção, mas para a perspectiva da segurança do consumidor, uma já é demais. Se estão em risco os 2.5 milhões de equipamentos afetados por este problema, em risco de explodir? Sim estão e, por isso, é que a Samsung adquiriu este tipo de atitude com o problema. Nada compensa já a perda de equipamentos e da opinião de segurança da empresa, por isso mais vale tapar já o buraco, antes que aumente e cause sérios danos à empresa. A melhor atitude foi, pedir todos os equipamentos de volta e reenviar novos aos clientes que não tenham este problema.

Falando agora numa perspectiva mais geral, pois todas as marcas podem ter este problema, isto porque é um problema real. Qualquer bateria em qualquer equipamento está em risco de explodir, pois uma bateria consegue armazenar grandes quantidades de energia, e possuindo algum defeito, podem explodir sem aviso prévio.

Normalmente quando vemos uma bateria gorda ou inchada, é um dos sinais mais óbvios de que a parte física da bateria, e não a parte eletrônica, está em risco de falha catastrófica.

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Sem entrar em grande tecnicidades, qualquer bateria que seja de pouca qualidade ou simplesmente má, nunca será uma bateria fiável ou de grande qualidade. Este problema foi referenciado, também, quando nas noticias ouvíamos falar nas baterias das hoverboards que explodiam nos aviões. Isto acontecia pois, as baterias não passam por grande controlo de qualidade e vinham equipadas com pouco isolamento, tornando-as, assim, de fraca qualidade.

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Ainda não houve nenhuma explicação plausível oferecida pela Samsung, para explicar o que aconteceu com a produção destas baterias, mas sabemos qua a marca deixou de recorrer a baterias Samsung SDI. Para a Samsung, um dos pontos mais importantes, é o controlo de qualidade e, quando temos um equipamento que possui um dos componentes que não corresponde aos standarts de qualidade da empresa, esse componente deve ser substituído de forma a manter a qualidade, fazendo com que o produto final não possua esse componente defeituoso.

Num mundo perfeito seria assim, o controlo de qualidade seria infalível, no entanto, existem “esquecimentos” ou “lapsos” que levam a problemas e com esses problemas quebra na imagem da marca, pois, basta, apenas, um componente que tenha fugido ao controlo mais rigoroso e seja posto em produção, quando o mesmo é de pouca qualidade.

Culpar a Samsung sobre este assunto, apenas mostra o pouco conhecimento sobre o fabrico de qualquer produto funciona. E argumentos como a Samsung sendo a empresa que é e com a dimensão que tem, deveria estar a par de tudo, é completamente descabido, pois a empresa fabrica milhões de exemplares do mesmo equipamento e, como todos sabemos, erros há sempre.

Depois, há comentários como na Apple isso nunca aconteceu, coisa que não é verdade, pois, também, existem falhas. Para a Apple, não foi com as baterias a explodir, mas foi, por exemplo com o adaptador AC que davam choque a quem lhes tocasse e, como tal, foi criado um programa de recall desses produtos. Ainda na Apple, quando o iPhone 5 estava a ser vendido, foi também pedido um recall quando as baterias do mesmo equipamento não estavam a chegar à vida util que foi anunciada.

Há mais marcas como a Dell, HP e Lenovo que tiveram problemas com as baterias e tiveram de pedir recall aos seus equipamentos. Mais recentemente a Tesla, marca de automóveis eléctricos, teve de pedir recall a 29.000 Model S, pois os seus adaptadores poderiam estar em risco de incêndio. A Toyota e a Nissan fizeram recall a 11.000 veículos devido a problemas com os airbags e a Nissan, ainda, teve de fazer recall a 6.5 milhões de veículos, pois possuíam um problema com o motor eléctrico dos vidros das portas que aquecia e poderia incendiar.

Seguindo este link, pode ver quais são os produtos do nosso dia-a-dia que podem ser mais perigosos do que pensa.

Algumas destas marcas perderam alguma credibilidade com o consumidor devido aos problemas? Claro que sim e a Samsung não escapa ao mesmo destino. No entanto, o problema será esquecido assim como o AntennaGate do iPhone 4 e o BendGate do iPhone 6S

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Qualquer empresa que faça recall aos seus produtos, não significa que irá fechar ou falir, assim como não podemos pensar que X é melhor que Y, pois não é tudo preto ou branco. Como existem áreas cinzentas, uma bateria é igual para todos os equipamentos e, como tal, todos nos estamos sujeitos a que a nossa exploda de um dia para o outro.

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Guilherme Alves
Guilherme Alves

Maranhense, fascinado pela tecnologia! Sou estudante de Engenharia de Computação na Universidade Federal do Ceará (UFC). Fundador do site e canal TecDuos, focado em notícias e análises de produtos no mundo da tecnologia. Trabalho com Edições de Vídeos, Web Designer e Marketing Digital. Sempre estou buscando obter soluções para os problemas em minha volta, adquirindo mais conhecimento em diversas áreas. Vamos embarcar juntos nessa?

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