Em encontro em São Paulo, empresa afirma que a digitalização crescerá de forma exponencial nos próximos anos no Brasil
Segundo dados da consultoria IDC, apresentados durante o evento Huawei Eco-Connect Summit, em São Paulo, em 2027, a quantidade de dados gerados em todo mundo por segundo estará na casa de 9.2 petabytes. Em 2022, eram 3.4 petabytes. O volume de dados gerados nos próximos cinco anos dobrará em comparação aos últimos 10 anos. “O aumento exponencial do uso de modelos de inteligência artificial é uma das razões dessa previsão”, explicou Luciano Saboya, consultor do IDC, durante o encontro que reuniu centenas de parceiros da Huawei para discutir os caminhos e o impacto do setor de Tecnologias de Informação e da Comunicação (TIC) nos mercados mundiais e no Brasil.
“Estamos em um momento importante para a economia global no qual a transformação digital está sendo acelerada através de tecnologias inteligentes. Nosso encontro procurou sensibilizar os parceiros para essas novas oportunidades”, disse Ricardo Matsui, vice-presidente do Departamento de Desenvolvimento de Parceiros de Negócios da Huawei no Brasil.
“A inteligência artificial é o grande diferencial em termos de competitividade e produtividade, impactando positivamente todas as indústrias. Por isso, nos próximos anos, a aceleração da transformação digital será ainda mais disruptiva e cada vez mais exponencial”, acrescentou Tony Zse, presidente da Huawei Enterprise na América Latina, durante a cerimônia de abertura.
O evento discutiu o impacto das mudanças, a consolidação do sistema de parcerias no Brasil e apresentou uma nova geração de produtos de conectividade e de serviços de nuvem lançados na China há poucos meses.
Conforme a digitalização avança, o crescimento em negócios do ecossistema de parcerias da Huawei também prospera. “Nossa curva de crescimento é exponencial e nossa expectativa é dobrá-la no próximo ano”, informou.
O executivo explica que as unidades de soluções empresariais e de cloud acompanham a evolução do mercado brasileiro em termos de volume e de reconhecimento tecnológico. “A expectativa é, cada vez mais, fortalecer nossos programas de parcerias, destacando seu alto potencial e rentabilidade, e levar essas oportunidades para as empresas”, diz Ricardo Matsui.
O potencial do ecossistema da Huawei para novos negócios
“A chave dessa expansão está no potencial de incorporação das tecnologias digitais aos ambientes produtivos e na criação de novos empreendimentos baseados na digitalização. A agilidade e a complexidade dos atuais ambientes de negócios demandam ferramentas que sejam seguras, transparentes, escaláveis, estáveis e que contem com suporte rápido e adequado. Cada vez mais, as empresas precisarão lidar com dados de maneira mais racional”, explicou Yang Hua, presidente da Huawei Cloud no Brasil.
Saboya informou que, até 2027, 32% dos dados mundiais serão gerados na nuvem e mais de 60% serão ali armazenados. “Precisamos entender a importância da conectividade, seja fixa ou móvel, comercial ou privada. Atualmente, o processamento de dados está, cada vez mais, distribuído entre diferentes tipos de infraestrutura digital. Temos que garantir a interoperabilidade e a integridade do sistema”, alertou.
No âmbito das redes móveis, o novo padrão Wi-Fi 7, que deve ser comercializado no Brasil já no final do ano, foi objeto de uma palestra especial do engenheiro Osama Aboul-Magd, diretor do Instituto de Engenheiros Eletro Eletrônicos (IEEE) “O Wi-Fi 7 tem capacidade quatro vezes maior de processamento de dados do que o Wi-Fi 6 e latência ainda mais baixa, além de soluções de segurança melhores”, explicou.
“Acelerar a inteligência industrial significa utilizar as tecnologias digitais em favor da produtividade e da geração de valor. Essa tarefa depende de alguns fatores, porém, o principal deles é a conscientização da importância de uma indústria robusta e competitiva para o desenvolvimento econômico. No atual cenário global, sai na frente quem usa a inteligência a seu favor”, completou Matsui.
Huawei eKit: novas soluções para pequenas e médias empresas
Durante o evento, a Huawei também mostrou aos parceiros as novas soluções incorporadas ao Huawei e-Kit, soluções de conectividade sem fio e também a nova tela interativa Ideahub B3, voltados para o mercado de pequenas e médias empresas. “Nosso objetivo é ajudar os pequenos e médios negócios, como escolas, consultórios, restaurantes, hotéis e o comércio em geral, a realizar a transição digital adequada às suas necessidades”, informou Matsui. O e-Kit já está disponível para comercialização com pronta entrega para distribuidores.
Para Tony Sze, a transformação digital também deve ser vista como uma forma de inclusão digital, por isso o estímulo aos pequenos e médios empreendimentos. “Nossos produtos são resultado de investimentos maciços em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Em 2023, investimos CNY 164,7 bilhões (US$ 22,7 bilhões) em P&D, o que representou 23,4% da receita anual. Na última década, o investimento foi de CNY 1,11 trilhão (US$ 139,8 bilhões), informou. “O segredo da Huawei é a criação constante de produtos e serviços que permitam que as sociedades, os negócios e os indivíduos se tornem mais prósperos a partir da conectividade e da inteligência”, finalizou.